segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Os dias difíceis



Olá Olá!


Pois é, o título do post não deixa surpresas para o que desabafarei em seguida.




Há dias difíceis, toda a gente os tem, em todo o lugar. É verdade, mas aqui acresce o fator de tudo o que estamos a abdicar, e da dimensão das consequências que teria se desistisse.

Não quero parecer uma fraca, nem alguém que está sempre a reclamar do seu fado. Estou apenas a desabafar.

Há dias em que nos sentimos sozinhos, mesmo no meio de muita gente, sentimos que nos falta a nossa vida real, que esta é algo paralelao e não a real.

Às vezes a hora em que o despertador toca, parece a pior hora do dia. Parece, porque não é. Quando acordamos já sabemos que o dia vais ser horrível. Mas mesmo assim, ele consegue ser bem pior do que imaginamos.

Já ouvi várias vezes: "Não sei como aguentas". 

Pois é, às vezes nem eu sei, mas tento não tomar nenhuma decisão de cabeça quente, porque nem todos os dias são maus, e penso sempre em deixar passar um dias ou vários para ver se o sentimento se mantém.

Não quero, nem vou, tomar nenhuma decisão precipitada. Quero pensar que as coisas vão melhorar. 

Se há coisa que aprendi desde que cheguei ao Brasil e mudei toda a minha, é que há que viver um dia de cada vez.

Há dias que odeio as pessoas, que dão comigo em louca. Há dias em que as adoro por tudo o que temos passado e têm contribuído para o meu crescimento. Sinto-me bipolar. Mas acontece tanta coisa que rapidamente se vai de um extremo ao outro.

Tem vezes que é apenas saudade, tem outros que é o stress do trabalho, tem outros em que tudo junto fica uma carga bem pesada

Como praticamente só trabalho, não consigo fugir destas preocupações. Fazem-me falta as pessoas com que falava de outros assuntos, pessoas com quem falava de tudo e com quem falava de nada. Sinto-me mais pobre por não as ter ao meu lado. Com elas nem precisava falar, já me conheciam de tal forma, que sabiam que algo não estava bem.

E com tudo isto cá dentro, com um ambiente mau em volta, quem tem vontade de trabalhar?

Mas tem que ser, há que ir buscar forças sabe-se lá onde.

Quando penso racionalmente, sei que Portugal não tem nada para me oferecer agora, e que por isso, a melhor opção é ficar aqui, lutar, aprender e crescer o máximo possível.

Mas há por aí alguém que seja racional o tempo todo?

Eu não sou, não consigo, nem sempre se controla o que vai cá dentro.

E quando pensamos mais filosoficamente, então aí a coisa descamba. Se me pergunto "isto faz-te feliz?", muita coisa me surge na cabeça. Não se consegue dizer um sim ou um não.

Mas também não se pode levar um vida filosófica, temos k ser pragmáticos, o dinheiro não traz felicidade, é verdade, mas é fundamental para viver. Como poderia estar em Portugal sem emprego e sem dinheiro? Como pagaria a casa, água, luz, gás, comida?

Enfim, é apenas um dia mau, de desmotivação.

Pensamento positivo, melhores dias virão.

É isso não é?

Bjocas,

Floripa Alentejana



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